sábado, 2 de janeiro de 2016

Analfabetos funcionais.


Analfabetismo funcional é a incapacidade que uma pessoa tem de não entender textos simples. Pessoas assim não conseguem desenvolver a interpretação textos e nem de fazerem contas matemáticas básicas. Por estudos, define-se também um analfabeto funcional o indivíduo maior de quinze anos com nível de escolaridade inferior a quatro anos letivos.

Pesquisando na internet, vi que há três níveis diferentes de alfabetização funcional. São eles:

O nível número 1: Conhecido também como alfabetização rudimentar. São aquelas pessoas que conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas. Mesmo sabendo contar, têm dificuldades de entendimento com os números e nas quatro operações básicas (adição, subtração, divisão e multiplicação).

O nível número 2: Conhecido também como alfabetização básica, que são aquelas pessoas que conseguem ler textos curtos, mas só conseguem "pegar" informações mínimas no texto. Não conseguem concluir sobre a temática dele. Conseguem entender números grandes e fazerem operações matemáticas básicas. Porém, possuem dificuldades quando há cálculos ou operações um pouco mais abrangentes.

E o nível número 3: Conhecido também como alfabetização plena. São pessoas que dominam totalmente a escrita, leitura e números desde as mais simples às mais complicadas.

Eu me incluo na alfabetização plena. Mas já percebi que se eu deixar de ler e de escrever e fazer contas por um certo tempo não determinado, desço para o nível básico. E acredito que isso ocorra com qualquer pessoa. Sempre temos que estar estudando e praticando tudo aquilo que aprendemos; sempre. Senão, enferrujamos.

Conforme dados de do IBOPE, no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas. Ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) é plenamente alfabetizado. Isto é, está no nível 3 de alfabetização funcional.

O censo 2010 feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia  e Estatística) mostrou que um entre cinco pessoas são analfabetas funcionais. A porcentagem é de 20,3% de analfabetos funcionais. O problema maior está na região Nordeste, onde a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%.

Em 2012, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa divulgaram o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) entre estudantes universitários do Brasil e este chega a 38%, refletindo o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade durante a última década.

Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino público, à falta de infraestrutura das instituições de ensino (principalmente as públicas) e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. Em alguns países desenvolvidos com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%. A Suécia, de exemplo.



O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) no mês de setembro de 2015 disse que 75% das pessoas com mais de 15 anos não sabem ler nem escrever direito. Neste percentual estão inclusos os analfabetos absolutos e os considerados analfabetos funcionais, que somam 68%. Segundo o Instituto Paulo Montenegro, braço social do Ibope, o número de jovens e adultos considerados analfabetos funcionais são praticamente o mesmo de quatro anos atrás. 

Segundo a pesquisa, o número de pessoas que está no grupo de nível 2 de analfabetismo cresceu, passando de 34% para 38%. Este grupo é formado por pessoas que são capazes de ler textos curtos e localizam apenas algumas informações explícitas.

O chamado nível rudimentar (nível 1), que inclui pessoas que tem a capacidade de ler títulos e frases isoladas, se manteve no mesmo percentual dos outros anos, de 30%, segundo . Os brasileiros que apresentam plena habilidade de leitura e escrita somam 26%. 

A pesquisa também destacou algumas iniciativas que podem ajudar o brasileiro a compreender e interpretar textos. Uma delas é incentivar o hábito de leitura.  A pesquisa também mostrou que 75% dos entrevistados tem um dicionário em casa. 

Penso que a leitura sempre será um papel fundamental para uma nação ser mais educada, saudável, pensante, crítica.

Será sempre uma luta em que se almejará incansavelmente a vitória. Claro, isso também depende cada um. O povo também precisa ter interesse de querer ler. E hoje em dia tem muita facilidade graças à tecnologia, aplicativos de celular e os livros propriamente ditos.

Vamos caminhando. E não seja um analfabeto funcional. Tenha uma alfabetização 100% plena.

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