domingo, 18 de setembro de 2016

Eternamente tentando entender a vida.

É bom este blog justamente como forma de expor o que sinto. E agora não é diferente. Será um texto muito longo. Vamos lá!

Ultimamente andam acontecendo algumas coisas relacionadas a seguro fiança  (Porto Seguro) e aluguel. Problemas. Todo ano pagamos o seguro fiança à Porto Seguro. É tipo um aluguel extra que tenho que arcar. Divido em 4 vezes para não pesar no meu orçamento. Ao solicitar um serviço dessa seguradora, eles da empresa, disseram que não consta pago o valor do ano passado.

Aí minha irmã e minha mãe questionaram os comprovantes físicos. Eu disse que não guardo comprovante algum. Tudo é pago pela internet. Ambas acharam ruim porque eu tinha que ter os comprovantes impressos, segundo elas. Minha irmã questionou como que eu havia pago os boletos. Eu nem lembrava como paguei. Então ela achou um absurdo eu não saber ou não me lembrar disso. Acontece que eu sou desencanado com as coisas. Fiz uma coisa que devia fazer semana passada,  faço e esqueço. Pronto. Não fico com aquilo fixado na mente.

Fui à minha conta na internet pesquisar comprovantes desses pagamentos de um ano atrás. Achei três e imprimi. Minha irmã conseguiu achar o quarto pagamento. Agora estão com elas. Irão ao Procon protocolar e notificar à Sinval Imobiliária e à Porto Seguro.

E hoje, domingo,  conversando com minha mãe no meu quarto sobre essa questão, falei sobre Gustavo e Piettro. Gustavo tem doze anos e o Piettro,  dez anos. Gustavo é youtuber. De vez em quando empresto minhas câmeras digitais para ele usar e meu computador para editar seus vídeos e assim colocar no YouTube.

Isso incomoda um pouco minha mãe.  Por quê? Porque tanto ela como minha irmã têm um sexto sentido de "detectar" as maldades das pessoas. Eu não sou assim. Eu não tenho malícia e não vejo maldades nas pessoas. Eu sou uma pessoa de bom coração e que faz as coisas para as pessoas por livre e espontânea vontade. Se alguém vier a fazer algo de ruim para mim, eu simplesmente ignoro e essa pessoa perde minha amizade. Simples.

Mas vem minha mãe e diz: "Você não tem malícia, mas os outros têm".

Concordo em cem por cento.

Mas e aí?

Ela acha que ficar um garoto no meu quarto (por mais que estejamos focados em simplesmente editar os vídeos) comigo, não pega bem. Óbvio que não faria nada. Não sou doente mental e não tenho nenhum problema psicológico ou psiquiátrico. O problema está na maldade do pensamento das pessoas por aí afora.

Eu discordo, mas eu acato a decisão dela.

Há duas semanas atrás emprestei uma câmera Canon ao Gustavo. Dei com os burros n' água de contar hoje para minha mãe que câmera estava com ele todo esse tempo. Para quê?  Começou o B. O.

Ficou nervosa. Ela sente no coração de parar de fazer eu me envolver com essas coisas de filmagem e edição. Pode fazer, mas lá no térreo do apartamento. Por isso que mandei arrumar meu notebook que há quase quatro anos está parado por trincamento da tela, que precisa ser consertado. Com o notebook arrumado, faço toda a edição nele e fora do quarto. Mas faz duas semanas que o técnico tenta arranjar outra tela e não encontra.

Ontem eu ia tirar o calo (verruga lesionada no dedo do pé esquerdo) na clínica Fares. Nesta semana minha mãe sentiu de eu não fazer esse procedimento. Era melhor ir à podóloga Conceição ver o que podia ser feito. Fomos na sexta feira de manhã. Conceição fez o que podia ser feito. Depois de terminado, chamei um Uber para levá - lá de volta para casa e eu a pegar um ônibus para descer ao Terminal Barra Funda e ir trabalhar. No sábado fui à clínica somente para tirar o ponto embaixo da mama esquerda. Duas horas de espera para um procedimento que durou nem dois minutos. Clínica Fares está a desejar em termos de pronto atendimento.

Hoje no quarto, após a notícia da câmera com o Gustavo,  minha mãe viu eu de meia no pé. Disse para eu tirar e deixar os pés arejados por conta da calosidade no dedo. Eu fiquei a falar que não queria tirar e que estava com vontade de ficar de meia. Isso foi a gota para deixá - lá mais triste. E me disse: "Hoje você não fala mais comigo. Você sabe que eu não posso ficar nervosa."

Ela sai do quarto e vai contar tudo para minha irmã. Falou tudo o que eu falei. E minha irmã chama a vizinha Aninha para ela ir ao Gustavo reaver a câmera.

O Gustavo não estava. Quem havia atendido foi a Yanka,  irmã do Gustavo. A Yanka disse que havia duas câmeras e que um dos meninos falou que eu tinha dado às duas para eles. Aí vai de eu falar do quarto que uma eu havia dado, sim. Era uma Fushi. A Canon, não.

Aí a Yanka veio e trouxe a Canon. O carregador ela não havia encontrado. Falei que depois pegaria o carregador. E está aqui comigo a câmera Canon.

Logo depois disso tudo vem minha irmã com sermão para cima de mim. Ficou uma meia hora no quarto falando um monte de coisa para mim. Falou que ninguém vem dar nada para gente,  ninguém ajuda ninguém,  que sou muito trouxa de fazer as coisas para os outros,  já que ninguém faz nada para mim, que a nossa mãe é desse mesmo e etc , etc e etc...

Eu todas as segundas feiras de manhã, mando mensagem pelo whatsapp a todos os meus amigos, dizendo para terem uma semana bastante abençoado e de sucesso.

Muitas vezes já me peguei pensando se um deles faria isso para mim. Tenho certeza que quase nenhum faria. Porque isso leva tempo, dedicação,  lembrança de fazer e etc. Agora isso é de cada um. Eu faço a minha parte. O problema é deles se não fizerem.

Minha irmã disse para minha mãe assim: " Que o Márcio tome bem no rabo muitas vezes da vida e dos outros para aprender. "

Amém,  amém e amém. Que assim seja. Isso já acontece. A vida linda, perfeita e maravilhosa que eu tanto  devaneio não existe ou é inalcançável para mim.

Já percebi que ter uma mulher ou ter filhos não está ao meu alcance. É nítido o quanto sou imaturo com já trinta e cinco anos nas costas. Se sou errante e muito falho na vida com quase tudo (em termos de escolhas, decisões,  atitudes, opiniões...), imagine com relacionamento e filhos. Um fracasso absolutamente absurdo e absoluto. Não sirvo para isso. Não vejo capacidade de minha parte. É ser solteiro para sempre até eu morrer.

Êh,  vida... Quando vou te entender plenamente?  Quando irei acertar? Quando terei o domínio de compreender,  entender os fatos e acontecimentos que vem de você,  vida. Como me preparar?  Essas adversidades,  conflitos,  incertezas, desconforto, imprevistos  me desgastam e me desconsertam.

Aaaaahh!  Como eu tenho vontade de ser inabalável contra tudo que viesse de ruim e desagradável na vida...

Ser desencanado como sou e falei no começo deste post,  me parece de vez em quando ser muito superficial.

Todo mundo tem problemas. Eu ouço essa frase desde criança. Eu simplesmente não queria ter problema algum. Muitas vezes tenho vontade de ser rico e ficar na minha sem ter que me preocupar com o amanhã. Sério mesmo.

Eu quero uma vida boa, sem preocupação,  leveza e plenitude. Nada com nada. É utópico isso?

Às vezes penso também de Jesus Cristo voltar logo. Seria ótimo. Acabar logo com tudo isso. Eu subindo ou não subindo, pelo menos ficaria um pouquinho feliz de saber que Cristo levou e arrebatou sua igreja.

Mas como sempre foi,  eu não crio aquilo que eu penso. Se criasse,  minha vida seria completamente diferente do que ela é hoje. Totalmente. Pobre livro "O poder do subconsciente", de Joseph Murphy...algum dia acertarei com toda eficiência a sua escrita? Só não vou querer que dê certo só quando eu ficar mais velho.  Tem que ser já.

Essa mutação de fatos, momentos,  ocorrências na minha vida iniciou - se em mil novecentos e noventa e dois. Onze anos de idade. O ano em que comecei a perceber os acontecimentos da minha vida. O ano que comecei a ter problemas no colégio "SAA" nos estudos. Mil novecentos e noventa e três foi o ano extremamente crítico. O ano da repetência. Noventa e quatro foi mais ou menos. Noventa e cinco o ano que fiquei sem estudar. E assim sucessivamente. Um dia faço uma mini autobiografia relatando todos os anos da minha vida....Um por um.

Eternamente tentando entender a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário